quarta-feira, 15 de agosto de 2012

O desempenho e a importancia dos lutadores brasileiros nas Olímpiadas

Fotos: Divulgação
Por Sandro Souza

Os jógos de Londres foram bem marcantes por grandes imagens, records batidos e atletas fazendo história. Nosso país, como muitos esperavam, por não ter incentivo no esporte, e é claro que milagre não iam acontecer, não teve uma boa colocação no final e nossos atletas conseguiram a façanha de trazer 17 medalhas em 17 dias de competições.

Ganhamos medalhas inéditas e conseguimos bons resultados, como no: Voley de quadra, de praia, na vela, no pentatlo, natação, ginástica e futebol. Mas a luta também foi bem representada e nossos atletas trouxeram medalhas no Judô e no Boxe, e entre as dezessete medalhas conquistadas no jógos, sete foram nas lutas.

JUDÔ
A piauiense Sarah Menezes, de apenas 22 anos, competiu na categoria peso ligeiro (até 48 kg) e venceu a romena Alina Dumitru que foi campeã olímpica em 2008, em Pequim.


Com o ouro a brasileira conquistou um feito inédito para o judô feminino do nosso país, e entrou na lista dos grandes atletas medalistas olímpicos de nosso país.



A gaúcha Mayra Aguiar também é um novo talento e tem apenas 20 anos. Mayra conquistou uma medalha de bronze na categoria meio-pesado (até 78kg) vencendo com um ippon a holandesa Marhinde Verkerk, que foi campeã mundial em 2009.
Mayra Aguiar chegou como grande favorita, era a líder do ranking mundial, mas foi derrotada por sua maior rival, a norte-americana Kayla Harrison, nas semifinais.


Mesmo assim, a brasileira nos trouxe uma medalha com muita garra e mostrou porque é considerada uma das melhores de sua categoria.





Ainda no primeiro dia de competição, o judô trouxe mais uma medalha para o Brasil, e dessa vez foi Felipe Kitadai que fez história.


O brasileiro conseguiu a medalha de bronze derrotando o italiano Elio Verde, na categoria até 60 kg.







Para fechar as conquistas do Judô, o gigante Rafael Silva, mais conhecido como "Baby", enfrentou um coreano na disputa do Bronze, e em uma luta muito dura e amarrada, o brasileiro conseguiu a vitória. 


A luta entre o brasileiro e o coreano foi até o golden score, quando duas advertências geraram um yuko para Baby.





BOXE
Esquiva Falcão chegou em uma final da categoria médio (até 75 kg) com grandes chances de trazer o ouro inédito para o Brasil, mas pela segunda vez em menos de um ano, o brasileiro foi derrotado pelo japonês Ryota Murata, o mesmo que o venceu no mundial de 2011.

Esquiva chegou muto perto da conquista e perdeu por apenas um ponto (14 a 13), o brasileiro foi derrotado porque recebeu uma punição muito contestada, pelo árbitro central no final do combate.


Esquiva trouxe a medalha de prata com muito orgulho para o nosso país.





Yamaguchi Falcão, irmão de Esquiva, também teve seu sucesso no jógos e conquistou a medalha de bronze na categoria meio-pesado (até 81kg).


Yamaguchi também fez história e mostrou que o talento no boxe vem de família.




A baiana Adriana Araújo conseguiu chegar até a semifinal e foi derrotada pela russa Sofya Ochigava, vice-campeã do mundo, por 17 a 11 na categoria leve (até 60kg).


Mesmo assim a brasileira garantiu a medalha de bronze para nosso país, mostrando que o boxe feminino tem vez sim.








Após um jejum de 44 anos do boxe brasileiro sem medalha olímpica, os brasilerios igualaram o feito de Servílio de Oliveira.




Servilio era nosso único medalhista olímpico e conquistou o bronze nos Jogos da Cidade do México, em 1968.

  


Há de se ressaltar também a garra de Diogo Silva, atleta do taekwondo, que machucou o pé esquerdo ainda na primeira luta da categoria até 68 kg em Londres. Na semifinal, contra o iraniano Mohammad Bagheri Motamed, a lesão ficou mais grave, o brasileiro parou o combate por algumas vezes por causa das dores e na decisão dos árbitros, diogo acabou derrotado.   Mesmo assim o brasileiro teve a chance de lutar pelo bronze contra o americano Terrence Jennings, e já muito desgastado, outros problemas apareceram no combate: ele sofreu uma crise de hipoglicemia e teve câimbras pelo corpo todo: "Estou com o meu pé todo 'zoado'. Tive que tomar xilocaína 15 minutos antes e nem sabia se iria conseguir lutar", disse Diogo após a luta.


O brasileiro não conseguiu a medalha, mas representou nosso país com muita técnica, raça e coração.



Para finalizar o blog Passando Carro parabeniza todos os atletas que representaram o Brasil, conquistando medalhas ou não. Todos são "heróis", pois, sabemos como é difícil ser um atleta amador em nosso país, quanto mais ser um atleta profissional, um atleta olímpico. Isso, com certeza, é um grande feito, maior que uma medalha, já que no Brasil o que menos se tem é, um apoio aos esportes, e o que mais se tem, são empresas e o governo querendo nos passar que apoiam nossos atletas, isso perto de começar os jógos e depois, recebendo apenas os medalistas para fazer uma "média".

Os próximo jógos serão realizados no Rio de Janeiro, e temos que trabalhar para conseguirmos um desempenho bem melhor desde agora, pois, não fazemos bons resultados só nas olímpiadas, temos sim que nos preparar em outras competições, seja em Mundiais, Panamericano, ou em outras competições, para que nossos atletas estejam um pouco mais experientes e melhores preparados para o jógos olímpicos.

Mas "cá entre nós": quatro anos não dá para fazer milagres, o resultado é a longo prazo e o grande exemplo disso é a China".



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